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Abstract

SILVA, Alessandro Jose Nunes da et al. Acidentes de trabalho e os religadores automáticos no setor elétrico: para além das causas imediatas. Cad. Saúde Pública [online]. 2018, vol.34, n.5, e00007517.  Epub May 10, 2018. ISSN 0102-311X.  http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00007517.

O setor elétrico brasileiro registra elevados índices de mortalidade por acidentes de trabalho que vêm sendo associados à terceirização, introduzida como forma de rebaixamento de custos. Para diminuir o tempo de interrupção do fornecimento de energia aos consumidores, o setor adotou, como solução tecnológica, o religador automático. Essa medida apresenta características perversas para os trabalhadores de manutenção. O objetivo deste estudo é analisar origens e consequências de acidentes de trabalho em sistemas elétricos dotados de religador automático utilizando o Modelo de Análise e Prevenção de Acidentes (MAPA). O MAPA foi usado na investigação de dois acidentes de trabalho visando a explorar as origens organizacionais dos eventos. Caso 1 - ao trocar linha secundária desenergizada, um trabalhador foi atingido por cabo primário energizado (13,8kV). O sistema foi religado três vezes, agravando as lesões (amputação de membro inferior). Caso 2 - acidente de trabalho fatal ocorrido durante instalação de cruzeta nova, em linha energizada, parcialmente isolada. A extremidade de uma mão francesa metálica encostou na linha secundária energizada e eletrocutou o operador de manutenção. O componente desligador do religador automático não funcionou. As análises contribuem para desvelar como a lógica de gestão de negócios pode participar nas origens de acidentes de trabalho via falhas da gestão de manutenção, da gestão de força de trabalho de terceiras e, em especial, da gestão de segurança em sistemas dotados de religadores. As decisões pela automação para garantir a distribuição de energia não podem negligenciar os riscos aos trabalhadores da rede elétrica e, tampouco, deixar de reconhecer a importância do controle sobre as condições de segurança.

Keywords : Acidentes de Trabalho; Prevenção de Acidentes; Eletrochoque.

 

clique aqui ou  acessar por meio do link: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2018000505006&script=sci_abstract&tlng=pt

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Clique aqui ou acesse o link: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/06_0442_M.pdf

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Autor: Juliana Cunha
Orientadora: Maria Dionísia do Amaral Dias

Resumo
O desenvolvimento das pessoas envolve aspectos psíquicos e físicos, bem como sociais e culturais, segundo a perspectiva socio-histórica. A adolescência configura-se como período importante no desenvolvimento do indivíduo, determinante para a qualidade da vida adulta. Neste sentido, a relevância do presente estudo que trata do tema acidente de trabalho com menores de 18 anos. O acidente de trabalho atinge milhares de trabalhadores diariamente, causando muitas vezes incapacidade temporária ou permanente, ou mesmo a morte. Por esta razão, o acidente de trabalho ocorrido com adolescentes é foco de atenção na Saúde Pública. Para os adolescentes trabalhadores a dimensão negativa do trabalho no modo de produção capitalista, pode ser ainda mais danosa, visto que as oportunidades de trabalho não levam em conta os aspectos do desenvolvimento infanto-juvenil. Assim, realizou-se a presente pesquisa com o objetivo de compreender a vivência de adolescentes trabalhadores que sofreram acidente de trabalho em empresas do município de Piracicaba. A pesquisa caracterizou-se como estudo de caso de abordagem qualitativa, ancorado na perspectiva teórico metodológica da Psicologia Socio-Histórica. A pesquisa iniciou-se com uma fase exploratória de contextualização, realizando análise global de dados com acidentes de trabalho ocorridos de 2010 a 2016, envolvendo menores de 18 anos, os quais foram notificados por unidades de saúde sentinela no Sistema de Vigilância em Acidente de Trabalho de Piracicaba. A segunda etapa consistiu na realização de estudo de aprofundamento do problema, realizando-se entrevistas individuais com quatro adolescentes, para compreender os impactos do acidente de trabalho em suas vidas. Constatou-se que foram notificados no período estudado o total de 67.839 acidentes de trabalho no município e 981 deles envolveu adolescentes trabalhadores, com 136 dos acidentes lesões graves ou moderadas. Nos anos de 2015 e 2016, a atividade econômica com maior número de ocorrências para os adolescentes foi o comércio. A análise das entrevistas conduziu a dois núcleos temáticos: 1) o acidente, o qual é abordado pelas dimensões: a) atividade realizada no momento da ocorrência; b) possíveis causas que levaram à ocorrência do acidente de trabalho como: não ser a atividade habitual, sobrecarga e imprevisto; c) cuidados imediatos: primeiros cuidados e atendimento em serviço de saúde; d) consequências: imediatas/temporárias, médio prazo e de longo prazo; e) sentimentos relacionados ao acidente: impotência, dor, medo, raiva; 2) o trabalho, compreendido a partir de: a) motivos para trabalhar; b) condições de trabalho; c) futuro, conforme desejos do momento atual; d) estudo concorrente com o trabalho. O acidente de trabalho levou a um afastamento do trabalho e da escola, trouxe sentimentos negativos, acarretando em marcas físicas e psicológicas. O evento ocorreu por fatores multicausais, destacando-se na situação dos entrevistados as inserções e condições laborais precárias. A situação do acidente de trabalho com jovens revelou-se semelhante a ocorrência com trabalhadores adultos. O trabalho dos jovens, não respeitou as necessidades específicas desta fase de vida e não propiciou condições para o pleno desenvolvimento ao prejudicar sua atividade criadora, a saúde física e mental. Conclui-se, que há necessidade de mobilização social para proteger os adolescentes da lógica capitalista adoecedora, propiciando inserções que conduzam a um desenvolvimento e amadurecimento saudável, orientadas por atividades com possibilidade de fluidez da criatividade. Disponível no repositório: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/153318

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